Nata diz: quer dizer que o 'arubu' tem mais certeza do que nós? ou que ele não tá nem aí...?
Ariel diz: e aí, abençoada, tá aonde?
Nata diz: trabalhando. como vão as coisas?
Ariel diz: essa história do arubu é gozada
Nata diz: gozada por quê?
Ariel diz: Assim: Fui levar a Giovana e um conhecido dela da Inglaterra lá no canyon Fortaleza...
Nata diz: certo
Ariel diz: pois então que lá no topo do morro mais alto do canyon, esse arubu aí da foto tava paradinho, pousado bem na beirinha do precipício
Ariel diz: e é precipício mesmo. Uns 800 metros de altura. E lá no Fortaleza não tem cerca nem nada. Dá pra chegar bem na borda
Nata diz: macabro...
Ariel diz: não, macabro nada. super natura
Ariel diz: bom, então que era o urubu mais tranqüilo do mundo
Ariel diz: a gente foi se aproximando, aproximando, até uns três metros em volta dele
Nata diz: não poderia ter um cadáver de um aventureiro solitário por ali?
Ariel diz: humm... ele não parecia lamber os beiços
Ariel diz:: aí o danado, bem tranqüilo, viu a Gio dando a volta por trás dele para fotografar, e foi se virando, mansinho, de lado,... (uns dizem que foi para cuidar a aproximação dela; outros, que estava fazendo pose para a foto, tendo o canyon ao fundo)
Nata diz: que figura, hehe
Ariel diz: aí... (tá no fim a história)
Ariel diz: pois então, a Gio, insatisfeita, foi se chegando mais e mais pertinho do arubu. Fez umas 10 fotos
Ariel diz: Aí o cara, tranqüilo no más, foi virando calma e lentamente até ficar de novo de frente pro canyon, abriu devagar as asas, como quem desfralda uma bandeira, e logo deu um mero pulinho...
Nata diz: perfeito! saída triunfal!
Ariel diz: saiu o arubu, flanando, sobre a imensidão do canyon...
Ariel diz: sem bater asas, sem se alterar, sem qualquer desgaste ou desconforto...
Ariel diz: Planando, sublime, supremo,... fazendo parte do vento, acima daquele cenário espetacular, acima de nossa surpresa e admiração, acima das nossas cabeças, mentes, certezas e incertezas...
Ariel diz: the end
Ariel diz: clap! clap! clap!
Nata diz: que legal!
Ariel diz: lindo, né? Poético, lírico quiçá
Nata diz: tu já escreveu isso em outro lugar?
Ariel diz: ainda não
Nata diz: salva essa descrição... achei show!
Ariel diz: A vantagem de ser doente é poder ver poesia num vôo de arubu
Ariel diz: legal, vou salvar, pq ontem inventei um blog
Ariel diz: mas nunca fico satisfeito o suficiente com o que eu escrevo ao ponto de postar lá
Ariel diz: e acho que as pessoas não costumam se dispor de fato a entender o que alguém quer dizer
Nata diz: mas se as pessoas não entendem, o problema é só delas...
Ariel diz: o problema é quem, antes sequer de tentar entender, julga a torto e direito. Como se entender e concordar fossem uma coisa só. Já reparou que quase todo mundo só "entende" aquilo com o que "concorda"?
Ariel diz: a intenção, o princípio, a mesagem, a interpretação, tudo acaba deformado
Nata diz: mas a gente pode ficar como os arubus...
Nata diz: Planando, sublime, supremo,... fazendo parte do vento, acima daquele cenário espetacular, acima de nossa surpresa e admiração, acima das nossas cabeças, mentes, certezas e incertezas...
Ariel diz: boa,... mas os arubus não precisam postar num blog. Não precisam tornar público sua arte e graça,... não esperam gerar nada em ninguém, não dependem de olhares alheios,... Voam porque é de sua natureza. Eles simplesmente são o que são, naturalmente
Ariel diz: não precisam nem que alguém esteja observando-os para classificar um vôo como poético. A existência daquela flutuação mágica no imenso vazio é a essência deles por si só.
Ariel diz: puxa, sou inferior a um urubu...
Nata diz: agora pegou pesado
Ariel diz: Melhor: e o urubu não tem ainda um mínimo da arrogante necessidade humana de exibir a si, o que faz (ou o que têm) como algo superior aos outros... O vôo do arubu é a expressão máxima e espontânea da naturalidade...
Ariel diz: de fato, sou inferior a um urubu...
Ariel diz: mas pelo menos cheiro parecido : )
Ariel diz: e aí, abençoada, tá aonde?
Nata diz: trabalhando. como vão as coisas?
Ariel diz: essa história do arubu é gozada
Nata diz: gozada por quê?
Ariel diz: Assim: Fui levar a Giovana e um conhecido dela da Inglaterra lá no canyon Fortaleza...
Nata diz: certo
Ariel diz: pois então que lá no topo do morro mais alto do canyon, esse arubu aí da foto tava paradinho, pousado bem na beirinha do precipício
Ariel diz: e é precipício mesmo. Uns 800 metros de altura. E lá no Fortaleza não tem cerca nem nada. Dá pra chegar bem na borda
Nata diz: macabro...
Ariel diz: não, macabro nada. super natura
Ariel diz: bom, então que era o urubu mais tranqüilo do mundo
Ariel diz: a gente foi se aproximando, aproximando, até uns três metros em volta dele
Nata diz: não poderia ter um cadáver de um aventureiro solitário por ali?
Ariel diz: humm... ele não parecia lamber os beiços
Ariel diz:: aí o danado, bem tranqüilo, viu a Gio dando a volta por trás dele para fotografar, e foi se virando, mansinho, de lado,... (uns dizem que foi para cuidar a aproximação dela; outros, que estava fazendo pose para a foto, tendo o canyon ao fundo)
Nata diz: que figura, hehe
Ariel diz: aí... (tá no fim a história)
Ariel diz: pois então, a Gio, insatisfeita, foi se chegando mais e mais pertinho do arubu. Fez umas 10 fotos
Ariel diz: Aí o cara, tranqüilo no más, foi virando calma e lentamente até ficar de novo de frente pro canyon, abriu devagar as asas, como quem desfralda uma bandeira, e logo deu um mero pulinho...
Nata diz: perfeito! saída triunfal!
Ariel diz: saiu o arubu, flanando, sobre a imensidão do canyon...
Ariel diz: sem bater asas, sem se alterar, sem qualquer desgaste ou desconforto...
Ariel diz: Planando, sublime, supremo,... fazendo parte do vento, acima daquele cenário espetacular, acima de nossa surpresa e admiração, acima das nossas cabeças, mentes, certezas e incertezas...
Ariel diz: the end
Ariel diz: clap! clap! clap!
Nata diz: que legal!
Ariel diz: lindo, né? Poético, lírico quiçá
Nata diz: tu já escreveu isso em outro lugar?
Ariel diz: ainda não
Nata diz: salva essa descrição... achei show!
Ariel diz: A vantagem de ser doente é poder ver poesia num vôo de arubu
Ariel diz: legal, vou salvar, pq ontem inventei um blog
Ariel diz: mas nunca fico satisfeito o suficiente com o que eu escrevo ao ponto de postar lá
Ariel diz: e acho que as pessoas não costumam se dispor de fato a entender o que alguém quer dizer
Nata diz: mas se as pessoas não entendem, o problema é só delas...
Ariel diz: o problema é quem, antes sequer de tentar entender, julga a torto e direito. Como se entender e concordar fossem uma coisa só. Já reparou que quase todo mundo só "entende" aquilo com o que "concorda"?
Ariel diz: a intenção, o princípio, a mesagem, a interpretação, tudo acaba deformado
Nata diz: mas a gente pode ficar como os arubus...
Nata diz: Planando, sublime, supremo,... fazendo parte do vento, acima daquele cenário espetacular, acima de nossa surpresa e admiração, acima das nossas cabeças, mentes, certezas e incertezas...
Ariel diz: boa,... mas os arubus não precisam postar num blog. Não precisam tornar público sua arte e graça,... não esperam gerar nada em ninguém, não dependem de olhares alheios,... Voam porque é de sua natureza. Eles simplesmente são o que são, naturalmente
Ariel diz: não precisam nem que alguém esteja observando-os para classificar um vôo como poético. A existência daquela flutuação mágica no imenso vazio é a essência deles por si só.
Ariel diz: puxa, sou inferior a um urubu...
Nata diz: agora pegou pesado
Ariel diz: Melhor: e o urubu não tem ainda um mínimo da arrogante necessidade humana de exibir a si, o que faz (ou o que têm) como algo superior aos outros... O vôo do arubu é a expressão máxima e espontânea da naturalidade...
Ariel diz: de fato, sou inferior a um urubu...
Ariel diz: mas pelo menos cheiro parecido : )
Um comentário:
Gostei, Ariéli. Principalmente desta: "A vantagem de ser doente é poder ver poesia num vôo de arubu". Keep walking! Abrs!!!
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