sexta-feira, 8 de junho de 2007

conceitos

* o amor, como propagado pelas pessoas, no contexto de como o ser humano vive hoje, não existe. Denominam de amor o que não passa de dependência emocional ou anseios de uma mente angustiada

* o livre-arbítrio é o maior pretexo já inventado pela humanidade, pelo menos pela ocidental

* a humanidade é bela, plena, fascinante. O ser humano, porém...

quinta-feira, 7 de junho de 2007

A Filosofia Socrática e a Psicologia Contemporânea

(voyagers estudadas na Psicologia...)

Sócrates é da convicção que ao homem cabe conhecer realmente a si mesmo, um dos propósitos da psicologia. Muitos de seus postulados filosóficos sustentam princípios que levam à finalidade da psicologia enquanto instrumento de auto-conhecimento e auto-aperfeiçoamento humanos. O homem que presta contas a si mesmo estará atento aos eventos e relações de seu mundo interior, da observação do consciente e da atenção às manifestações do inconsciente. O reto pensamento pode levar a direcionamentos mais eficientes do comportamento para a realidade do indivíduo (reta ação).
O questionamento do real proposto por Sócrates, que quanto mais persistente, mais torna frágeis as verdades relativas da realidade, é ponto de partida para a ação psicológica individual que vise à avaliação de um desconforto experimentado em sentimentos, pensamentos ou sensações. Tanto quanto na intervenção psicológica externa ao indivíduo, devidamente amparado para o confronto consciente de sua realidade percebida com a realidade contextual em que está inserido. Ao provocar, pela persuasão, o despertar da inquirição da verdade, promover a derrubada de condicionamentos, indicar o enfrentamento da realidade e incentivar a busca pela evolução nobre e digna da alma humana em direção ao melhor que ela pode ser, Sócrates não só fincava os alicerces da Filosofia Clássica como fazia exercer, entre gregos admirados, estupefatos ou indignados, predicados da Psicologia.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Mundo estranho 1

Judeus apóiam palestinos - Há uma comunidade ultraortodoxa entre os judeus, formada por cerca de 5 mil pessoas, que apóiam os radicais palestinos que pregam a extinção do Estado de Israel. Segundo esse grupo, somente o Messias poderia instituir a Nação do povo hebreu, sendo o surgimento de Israel por uma ação política da ONU, em 1947, u ato de heresia contra o Salvador...

Queremos seringas - Houve registros em momentos de crises da saúde pública do Canadá, Holanda, Suécia e outros países que adotam a "política do bem-estar social", tendo esse sistema como prioritário, universal e plenamente gratuito. Usuários de drogas injetáveis protestaram em frente a postos de saúde, hospitais e órgãos governamentais exigindo a reposição de seringas descartáveis fornecidas gratuitamente. Algo como "o Estado precisa sustentar minha segurança quando opto pelo meu vício"...

Cozaz Zorríveis

- Já reparou que toda vilã de novela, quando vai cometer uma maldade, coloca óculos escuros?

- (infâmia). Ao transportar pessoas de um andar superior para baixo, o elevador ainda pode ser chamado de "elevador"?

quarta-feira, 21 de março de 2007

Vai cortar cana, Lula !!!!

O presidente Lula chamou os usineiros de cana-de-açúcar de heróis. Nacionais e mundiais, devido ao aumento da procura pelo etanol como cobustível alternativo aos derivados de petróleo.
Os novos heróis de Lula são descendentes ou apadrinhados das famílias que detinham o poder no segundo ciclo econômico do Brasil Colonial - o da cana - e aí se vão uns 350 anos.
Lula costumava referir-se a eles como integrantes das "elites que há 500 anos governam esse país e nada fizeram".
Agora, graças à "política que existe para o setor", os "bandidos do agronegócio" de 10 anos atrás, conforme o próprio residente referiu, tornaram-se heróis. Ou seja, Lula resgatou os bandidos com sua política de biocombustíveis. Lula fez os heróis.
Embora impregnado de idiotia, o mal-disfarçado júbilo messiânico sobre si próprio não é o pior na colocação do presidente.
O pior é, na tentativa de fazer um afago ao setor, de cooptar o apoio dos usineiros, Lula ignorar a História, o contexto social e sobretudo, o sofrimento de boa parte dos brasileiros.
Que heroísmo reside no fato de se ser detentor de milhares de hectares de terra, obtidos de favor da coroa portuguesa, preservá-los à base da força, sobre eles assentar vasto poder político (ou os coronéis nordestino são invenções da literatura e telenovelas?) e enriquecer a partir do trabalho quase escravo de tantos?
Há poucos dias, o quadro Profissão Repórter do Fantástico nos atualizou a respeito. Os cortadores de cana ganham no máximo R$ 2 por hectare cortado. Será por isso que os usineiros ganharam tanto dinheiro e poder ao longo de três séculos e meio? Talvez hoje haja melhores condições de trabalho para esses lavradores - até porque seria difícil piorar de como era -, mas R$ 2 o hectare dão o que pensar.
Lula por certo não assistiu àquela matéria do Fantástico. Também por nunca ter sido muito chegado a trabalhar, não deve ter parado para pensar o que significa cortar um hectare de cana e ganhar R$ 2. Diz o que o povo quer ouvir durante a campanha eleitoral e o que "as elites" apreciam quando no governo.
Lula envergonha seu discurso e faz indagar onde é que estão as lembranças dele da época da "Caravana da Cidadania", quando o PT pagou para ele viajar o Brasil para conhecer os problemas sociais e, pretensamente, se preparar para as eleições de 1994.
Lula vai comemorar a exportação de etanol tomando uma cachacinha com os usineiros.
R$ 2 por hectare? Vai cortar cana pra ver quem é herói, Lula !!!!

segunda-feira, 12 de março de 2007

Meio-termo

Se a verdade de um é um extremo,
e a verdade de outro, o outro extremo
o meio-termo será uma parte da verdade de ambos

Prefiro

correr o risco de ser mal-avaliado pelo empenho em ter feito
do que ser bem avaliado por omissão ou comodismo

quinta-feira, 8 de março de 2007

Talvez, Nação

Cresci ouvindo que o Brasil era o país do futuro. Meus pais, da geração da industrialização de Vargas e Juscelino, cresceram ouvindo que o brasil seria o pais do futuro. Meus avós, que acompanharam toda a transição do Brasil rural, do café e da cana-de-açúcar, para o país urbano farto em minérios, cresceram ouvindo que o Brasil seria o país do futuro. Até meus bisavós e os pais deles, ao rumarem da Itália na leva da imigração da década de 1870, projetavam na América - e, por extensão, no Brasil onde viriam parar - o ideal de pátria adequada para se construir o futuro.
Pois em tempos de planeta superaquecido pela queima de combustíveis fósseis e a possibilidade de o petróleo acabar antes mesmo das guerras em torno dele, o Brasil é líder em tecnologia na produção de biocombustíveis - e um dos primeiros em produção de matérias-primas necessárias. Até o Bush está interessado.
Finalmente, uma perspectiva de futuro para o Brasil (se o superaquecimento não nos - humanidade - puser em vias de extinção).
Só vai faltar domar a corrupção generalizada, modernizar ao ponto de praticamente reinventar os mecanismos de Estado; consertar o Judiciário que sabota a Justiça; liquidar todas as instãncias de impunidade; recriar o sistema de saúde pública; pôr em prática a convicção da educação dfe qualidade; forjar um conceito verdadeiro de cidadania; reformular a convivência entre Estado e sociedade, extirpando o paternalismo, de um lado, e o parasitismo, do outro; dissolver a crença de que Estado e sociedade estão separados, haver interesse em uma mídia construtiva, executar a cultura de paz e da ética além das faixas e passeatas resignadas ou de protesto, entre muitas - sabemos - outras coisas.
Enfim, Brasil e brasileiros comprometidos como Nação.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Contos bizarros do cotidiano ou Contos do cotidiano bizarro

Três minutos para as 17h. Entro na distribuidora dos Correios em Lourdes, que fecha às 17h. Sou atendido por uma mulher (NR: dúvida a esse respeito) que, para anunciar a minha vez, não diz "o próximo!", "pois não?" sequer um singelo "pra ti?". Nem "Você?", "Tu!" ou "Hunf!". Não, ela bate com o punho no balcão e lança-me um olhar de dono de taberna que vai cobrar a conta da bebida atrasada.
Explicado o interesse, a viking, digo, a atendende, pergunta meu nome. Duas vezes. E se vai, consultar com as colegas e o "sistema". Vaivém, correspondência não encontrada. Procura daqui, dali, ela volta, com uma lista - a lista dos sedex do dia, viria eu a saber depois - e, claro, perguntando meu nome, afinal era só a terceira vez que fazia isso:
- Nome?
- Ariel. Rossi Griffante.
E ela folheando a lista, Ana,... Arnaldo,... Maria,... talvez uma Sonáli,... mas nada de Ariel...
- Não é Marco Antônio?
Uát!?!? O que? Como? Indaguei-me internamente comigo mesmo? O ogro está mesmo me perguntando se meu nome é mesmo o meu nome, sugerindo que possa ser outro? À escolha, como num cardápio, vestido de lista do dia do sedex:
"Marco Antônio? Não? Que tal Horácio? É pomposo. Pedro, mais simplesinho? Talvez... Sonáli, eu juro que vi uma por aqui...."
- Não - defini - É Ariel mesmo. "Desde que nasci", achei bom frisar.
Vai que ela tivesse alguma dúvida.


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E o ogro-viking-mulher se foi, no seu passo bamboleante de elefante que tomou um tiro de tranqüilizante. Olhei pro lado, tinha um cara. Tive ganas de comentar o caso com ele. Sabe-se lá por que necessidade de desabafo ou por uma busca primal de compartilhamento humano que levasse a alcançar níveis mais elevados de entendimento da experiência em que estava metido. Virei a cabeça, ensaiei mentalmente a construção da frase, senti o calor que vinha do estômago atravessar o peito procurando a garganta para se transformar em palavras quando....
- Tec, tec, tec,...
- Tec, tec, tec ?
Sim. TEC! TEC! E TEC!
O animal tava cortando as unhas!!!! Calma, languidamente, como quem estivesse na varanda de casa no sábado à tarde!!! Com cortador e tudo. Dá-lhe tec, tec, tec. E nada de apanhar as unhas cortadas. Ia cortando e os pedacinhos disparando em todas as direções. E eu ali, esperando um possível alienígena vestido de gente encontrar minha correspondência com um sujeito do meu lado cortando as unhas num lugar público - que não era um banheiro público. E juro que o cara tinha mais dedos que o normal, tamanha a quantidade de tecs-tecs que eu ouvi.
Minha única idéia naquele segundo era ir pra casa, me enfiar embaixo do colchão e indagar por que, pelos céus, precisamos fazer parte da experiência humana sobre a Terra !?!?!?


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Recebo meu documento (com o nome "Ariel" e tudo!). Agora estou licenciado para rodar tranqüilo pela estrada afora depois de dois anos sem regularizar a situação do "veículo" e um ano em que, simultaneamente, minha CNH estava vencida. Dou uma volta enorme até a Clínica do Sapato. Sim, o lugar existe... O caso é que eu tinha um cinto pra arrumar e ali também é uma espécie de clínica do cinto. Compromisso prosaico, o sei. Sempre os reneguei - conforme testemunham meu licenciamento e CNH vencidos. Mas preciso aprender a enfrentá-los, quase num gênero inusitado de reeducação psíquica. Lá fui eu.
Cinto consertado, colocado no lugar (como é o nome daquelas presilhas onde a gente encaixa o cinto?), calças não caindo mais,... já tive algo produtivo no meu dia... Avante! Entro no carro, escolho o caminho para a próxima parada, faço a volta.
E deparo com uma fila. Enorme. De carros, caminhões, bicicletas. Até naves espaciais poderia haver. Preciso "convergir" à direita mas estou na pista da esquerda. Não há alternativa, pois seguir na minha pista significa dar outra volta na quadra e parar no mesmo lugar. É um labirinto de um caminho só. Um moto-contínuo.
Ligo a seta-sinaleira-seja-o-nome-que-for para a direita. Escolho entrar à frente de um caminhão. "Caminhões sempre são mais lentos na arrancada - raciocino, rápido -"e isso pode me dar a vantagem que preciso para me enfiar na frente dele. E esse tem uma máquina pesada no lugar da caçamba. Vai dar.
Olho para o caminhoneiro, indico, sinalizo, torço o carro. Faço o possível para mostrar meu desejo, interesse e ânsia em receber um espacinho para mudar de pista e convergir à direita. Ouço uma buzinada. Não dou bola, naquele tumulto. Vou indo. Outra buzina! Seria o caminhão? Um motoqueiro enlouquece! Vem pela esquerda da esquerda do caminhão, ou seja, a minha esquerda, e tenta me cortar a frente! Tensão! Mais uma buzina! É o caminhoneiro! Súbito, o motoqueiro freia! Pára! Suspense! O caminhão vai! Eu no meio! Adrenalina! Acelero e... garanto meu espaço! Consigo manobrar entre a moto e o caminhão...! Saltei para a outra pistal convergi à direita. Suspiros, alívio,... sigo meu rumo.
Mas espere!!!! Tem o retrovisor. Miro nele e vejo o caminhoneiro e sua máquina pesada no lugar da caçamba atravessando o cruzamento sem olhar para a frente. Ele torce o pescoço e olha para mim. Fita. Espreita. Provavelmente, pela expressão que carrega, com a alma carregada de imprompérios. Faço a volta, vou atravessar logo outra rua e tomar a via que preciso. Sinal aberto, e lá vamos nós! E quem está parado no novo cruzamento? Oh, sim!!! Oh, não!!! O caminhão !!! Cruzo a pista mas meu instinto recôndito não resiste e confere o motorista com o olhar. Quero saber porque me encarou tão agressivamente antes. Ele percebe e mantém a expressão feroz. Ninguém hesita. Interpõe-se um duelo em trânsito naquele fragmento de tempo suspenso no ar mormacento do fim de tarde nublado, enquanto faço valer o sinal verde e atravesso o cruzamento passando à frente do gigante de aço contido pelo sinal vermelho.
Irrefreável em sua fúria, o homem põe a cabeça pra fora da janela e irrompe em indignação. Grita algo que não entendo, mas percebo o quanto é para ser ofensivo. Sem tirar os olhos dele, ergo o dedo médio da mão direita e a coloco pela janela, firme e suscinto. Réplica merecida. Nada teria se alterado naquele emaranhado de cruzamentos se ele tivesse, lá no início, cedido-me espaço para "convergir à direita". Sigo sem mais olhar pra trás, com convicção inquebrantável na minha razão! ...mas, confessando, muito mais torcendo para nunca mais encontrar aquele caminhoneiro no trânsito.
Ele pode ser um cara ressentido, ter boa memória, sei lá...

Poema para os amigos

Recheios do meu bombom
Lírios do meu jardim
Luvas do meu garçom
Buracos do meu cupim

Pérolas do meu anel
Pétalas da minha rosa
Guisados do meu pastel
Estrofes da minha prosa

Orvalhos da minha manhã
Aromas do meu vinho
Tentações da minha maçã
Orquídeas no meu caminho

Bolhas do meu sabonete
Havaianas do meu domingo
Delícias do meu banquete
Tortéis em prato de gringo

Em cada um dos significados
E sentidos da minha paixão
Sabei vós que estão guardados
Dois palmos abaixo do meu coração

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

O arubu avoa acima das nossas certezas




Nata diz: quer dizer que o 'arubu' tem mais certeza do que nós? ou que ele não tá nem aí...?

Ariel diz: e aí, abençoada, tá aonde?

Nata diz: trabalhando. como vão as coisas?

Ariel diz: essa história do arubu é gozada

Nata diz: gozada por quê?

Ariel diz: Assim: Fui levar a Giovana e um conhecido dela da Inglaterra lá no canyon Fortaleza...

Nata diz: certo

Ariel diz: pois então que lá no topo do morro mais alto do canyon, esse arubu aí da foto tava paradinho, pousado bem na beirinha do precipício

Ariel diz: e é precipício mesmo. Uns 800 metros de altura. E lá no Fortaleza não tem cerca nem nada. Dá pra chegar bem na borda

Nata diz: macabro...

Ariel diz: não, macabro nada. super natura

Ariel diz: bom, então que era o urubu mais tranqüilo do mundo

Ariel diz: a gente foi se aproximando, aproximando, até uns três metros em volta dele

Nata diz: não poderia ter um cadáver de um aventureiro solitário por ali?

Ariel diz: humm... ele não parecia lamber os beiços

Ariel diz:: aí o danado, bem tranqüilo, viu a Gio dando a volta por trás dele para fotografar, e foi se virando, mansinho, de lado,... (uns dizem que foi para cuidar a aproximação dela; outros, que estava fazendo pose para a foto, tendo o canyon ao fundo)

Nata diz: que figura, hehe

Ariel diz: aí... (tá no fim a história)

Ariel diz: pois então, a Gio, insatisfeita, foi se chegando mais e mais pertinho do arubu. Fez umas 10 fotos

Ariel diz: Aí o cara, tranqüilo no más, foi virando calma e lentamente até ficar de novo de frente pro canyon, abriu devagar as asas, como quem desfralda uma bandeira, e logo deu um mero pulinho...

Nata diz: perfeito! saída triunfal!

Ariel diz: saiu o arubu, flanando, sobre a imensidão do canyon...

Ariel diz: sem bater asas, sem se alterar, sem qualquer desgaste ou desconforto...

Ariel diz: Planando, sublime, supremo,... fazendo parte do vento, acima daquele cenário espetacular, acima de nossa surpresa e admiração, acima das nossas cabeças, mentes, certezas e incertezas...

Ariel diz: the end
Ariel diz: clap! clap! clap!

Nata diz: que legal!

Ariel diz: lindo, né? Poético, lírico quiçá

Nata diz: tu já escreveu isso em outro lugar?

Ariel diz: ainda não

Nata diz: salva essa descrição... achei show!

Ariel diz: A vantagem de ser doente é poder ver poesia num vôo de arubu

Ariel diz: legal, vou salvar, pq ontem inventei um blog
Ariel diz: mas nunca fico satisfeito o suficiente com o que eu escrevo ao ponto de postar lá
Ariel diz: e acho que as pessoas não costumam se dispor de fato a entender o que alguém quer dizer

Nata diz: mas se as pessoas não entendem, o problema é só delas...

Ariel diz: o problema é quem, antes sequer de tentar entender, julga a torto e direito. Como se entender e concordar fossem uma coisa só. Já reparou que quase todo mundo só "entende" aquilo com o que "concorda"?

Ariel diz: a intenção, o princípio, a mesagem, a interpretação, tudo acaba deformado

Nata diz: mas a gente pode ficar como os arubus...

Nata diz: Planando, sublime, supremo,... fazendo parte do vento, acima daquele cenário espetacular, acima de nossa surpresa e admiração, acima das nossas cabeças, mentes, certezas e incertezas...

Ariel diz: boa,... mas os arubus não precisam postar num blog. Não precisam tornar público sua arte e graça,... não esperam gerar nada em ninguém, não dependem de olhares alheios,... Voam porque é de sua natureza. Eles simplesmente são o que são, naturalmente

Ariel diz: não precisam nem que alguém esteja observando-os para classificar um vôo como poético. A existência daquela flutuação mágica no imenso vazio é a essência deles por si só.

Ariel diz: puxa, sou inferior a um urubu...

Nata diz: agora pegou pesado

Ariel diz: Melhor: e o urubu não tem ainda um mínimo da arrogante necessidade humana de exibir a si, o que faz (ou o que têm) como algo superior aos outros... O vôo do arubu é a expressão máxima e espontânea da naturalidade...

Ariel diz: de fato, sou inferior a um urubu...

Ariel diz: mas pelo menos cheiro parecido : )